
No mundo esportivo, assim como no mundo "real", vemos quem são os vencedores e quem os perdedores não somente pela qualidade técnica como também por seus traços de personalidade e sua capacidade de não sucumbir às pressões sofridas. Destaco alguns casos que merecem, no mínimo, uma análise desse blog.

Rubens Barrichello - Um piloto de talento extraordinário, entretanto, quanto mais depositamos nossas fichas nele mais ele decepciona seus adeptos. O que é o diferencia do termo "pipoqueiro" é que quando as expectativas são as piores seus resultados são espetaculares.

Galvão Bueno - É aquele tipo de pessoa que conhece de tudo e de todos, perito nas mais distintas áreas do conhecimento, como física e línguas estrangeiras ou esporte e política. A opinião dele é mais importante e verdadeira do que qualquer outra. Traduzindo "o mala". Essas pessoas que sabem tudo criam uma ideia de nunca errarem e quando o fazem o impacto é maior do que os erros das outras pessoas.

Michael Schumacher - Como um sujeito com resultados medíocres, no significado pejorativo dessa palavra, pode se transformar no maior piloto de todos os tempos? O motivo é simples, obstinação. Toda a oportunidade que o "spoonface" tinha de melhorar seus números ele, em algumas vezes de forma inescrupulosa, não pestanejava em tentar. Essa personalidade é muita rara de ocorrer em qualquer ramo profissional, porém, seria o ideal na sociedade capitalista em que vivemos.

Mané Garrincha - Instintivamente, o maior jogador de futebol de todos os tempos. Os técnicos e cronistas da época falavam que se o marcador pensasse para marcar Mané seria batido com facilidade por que Mané não pensava tudo o que fez, em campo, era instinto. Fora das quatro linhas sempre se envolveu com as piores companhias possíveis, como o alcoolismo que o fez morrer em 1983. É um caso clássico de ser humano em que o instinto predomina e por isso não faz planos a longo prazo, sucumbindo de forma trágica e melancólica.

Ronaldinho Gaúcho - Talvez o maior jogador de futebol nascido após os anos 1960. Ganhou tudo o que quis, brilhou com jogadas e gols estonteantes, mas, em um determinado período da vida perdeu a motivação (aquilo era fácil demais). É natural ao ser humano se motivar mais quando as dificuldades forem maiores e quando não existirem dificuldades abandonar ou trocar sua atividade profissional. Uma música que retrata essa situação é "Ouro de Tolo" do Raul Seixas que diz que conseguiu tudo na vida e agora estava entediado.

Pipoqueiro ou pipoca - Por ser generoso não vou citar ninguém nesse tópico, mas, são aqueles indivíduos que quanto maior for o desafio menos eles renderam. Numa sociedade que visa o lucro como a nossa esses seres estão diretamente ligados aos valores mais negativos possíveis. São aqueles que só sabem fazer um "bonito".
Apesar da minha pretensão gostaria contar com a colaboração dos leitores para outros tipos de personalidades comuns no cotidiano e em outros "mundos".
Blog do Márcio.com.br - Aqui a juripoca pia!
P.s.: Por motivos técnicos não publicamos nos últimos dias.