sábado, 20 de fevereiro de 2010

Travessuras da minha infância

Hoje, já quase um balzaquiano, resolvi contar a todos uma das minhas maiores travessuras infantis.

Essa peripércia ocorreu no longínquo ano de 1991, não me recordo da data exata.

Eu, então um aluno da 4ªsérie Azul do Colégio Santo Agostinho, tive minha primeira experiência com sexo.

Calma! Não é isso que vocês estão pensando.

Eu fui assistir a uma palestra com temática sexual e enfoque na AIDS e no homossexualismo.

Sobre a palestra, ainda bem que não a levei à sério, pois para a palestrante o homossexualismo só atingia a homens que gostavam demais da mulheres para fazer "amor" com elas e eu como um amante incondicional das mulheres não estou disposto a mudar minha opção sexual por esse amor.

Bom, voltando a travessura, a palestra consumiu o tempo das primeiras aulas e do recreio. na época o momento mais importante do dia para mim.

Nossas professoras, "tias" Júlia e Cristina, só nos liberaram para comprar o lanche e retornar para a sala.

Eis que na cantina da escola eu e dois colegas (Gustavo e Luis Eduardo) encontramos uma ficha de telefone no chão da escola, cara ficha telefônica é do tempo em que o arcoíris era em escala de cinza.

Sou um sujeito muito topetudo, ou como dizem os goianos galudinho, e desafiei meu amigos a ligarem na minha casa (2252791 era o telefone da época) e falarem que eu quebrei o braço ou a perna.

Ofereci lanches pra quem fizesse essa diabrura.

Os dois amigos acima citados correram para o orelhão mais próximo e deram o trote lá em casa.

Eu não acreditei que alguém pudesse cair numa dessas mais todos os meus familiares cairam e chegaram na escola em menos de 5 minutos para me socorrer.

Quando viram que minha saúde estava ok e descobriram a verdade a casa caiu para os três "smurfs encapetados".

Já para a sala da "tia" Clotilde! Bradou nossa professora, com toda a razão.

"Tia" Clotilde era uma dessas figuras que marcam a vida das pessoas, ela era a coordenadora da escola e possuia um folclórico sino que dava início e fim ao nosso recreio.

Quando chegamos na coordenação percebi que meus "comparsas" tremiam mais do que vara verde.

Na minha lógica o que EU tinha feito era, somente, perder um desafio então não tinha porque temer aquela situação.

Quando nossa ilustríssima coordenadora começou a nos passar uma descompostura minha mãe entrou na sala e presenciou a seguinte cena:

Um dos meninos dizia chorando: " Tia não fala pro meu pai não ele tem 5 pontes de safena e pode morrer".

O outro mais desesperado ainda berrava: " Tia se meu pai souber disso eu vou apanhar até cagar nas calças".

E eu estava lá imóvel e pusilânime com meus braços cruzados.

Minha mãe saiu da sala pois estava dando trela de tanto rir da situação e não podia tirar a autoridade da nossa coordenadora.

Por fim, para concluir, escapamos de uma punição mais severa porque mencionei que meus pais tinha acabado de se separar e eu estava sem contato com meu pai(mentira).


Mas agora já um homem feito lembro dessa situação e penso: Como um professor pôde ser tão endiabrado em sua infância?

Blog do Márcio.com.br - É o primeiro de muitos!!!!

Um comentário:

Márcio disse...

Fala Xará
legal essa estória da infância. também costumo postar no meu blog (http://muitoalemdoprincipiodoprazer.blogspot.com/) algumas coisas da minha infância, que são bem divertidas, afinal fazem parte de nossas vidas.
Grande abraço!